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segunda-feira, 10 de março de 2014

Anel vaginal de progesterona para o suporte lúteo após super-ovulação em ciclos de Inseminação intra-uterina: estudo piloto.

Objetivo: O objetivo principal deste estudo foi comparar a frequencia de gravidez por ciclo em paciente submetidas a inseminação intrauterina depois da indução ovulatória com ou sem apoio da fase lútea Fertiring.

Materiais e Método: Se realizou um estudo multicêntrico, com a participação de três unidades de medicina reprodutiva. Os casais avaliados tinham o diagnóstico de infertilidade sem causa aparente e era seu primeiro ciclo de inseminação intrauterina através da indução da ovulação com FSHr (Puregon) e indução da ovulação com HCG urinário(Pregnyl). O dia da inseminação as pacientes foram randomizadas a receber um suplemento de fase lútea com um anel vaginal com progesterona (Fertiring) ou a nenhum suplemento.


Resultados: Cem pacientes foram convidadas e completaram o estudo, 47 receberam suporte de fase lútea com Fertiring e 53 não receberam. A frequência global de gravidez foi de 15%, foi maior, ainda que sem diferença significativa, no grupo que recebeu suporte de fase lútea com Fertiring (19,1%) do que no grupo que não recebeu(11,3%).

Conclusão: Neste estudo, as pacientes submetidas a indução de ovulação com Puregon e que receberam suporte de fase lútea com Fertiring mostraram uma maior frequência de gravidez que aquelas que não receberam suporte de fase lútea, ainda que esta não alcançou estatística significativa.

Fonte: JBRA-Jornal Brasileiro de Reprodução Assistida-V.17, nº5 Set/Out/2013.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Comparação do protocolo curto do GnRH agonista e GnRH antagonista em pacientes brasileiras normo-respondedoras submetidas ao primeiro ciclo de estimulação ovariana controlada

Objetivo: avaliar os resultados do agonista do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH-ag) e do antagonista do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH-ant), utilizando dose diária fixa de FSH recombinante em pacientes brasileiras normo-respondedoras submetidas ao primeiro ciclo fertilização in vitro ou injeção intracitoplasmática de espermatozóides (FIV/ICSI).

Métodos: um total de 50 mulheres foram incluídas neste estudo retrospectivo comparativo. As pacientes foram estimuladas com 150 UI/dia de FSH recombinante (folitropina alfa). No grupo de GnRH-ag foi administrada uma dose diária de acetato de leuprolide (protocolo curto 1 mg) desde o dia 1 do ciclo até o dia da injeção de hCG. No grupo de GnRH-ant foi administrada uma dose diária de acetato de cetrorelix (0,25mg) quando os folículos atingiram um diâmetro de >14 mm. Recombinante da gonadotrofina coriônica humana (250 ug rhCG) foi administrada quando havia pelo menos três folículos de 18 mm de diâmetro. Foram comparadas as características da estimulação e os resultados de ambos os protocolos.

Resultados: dias de estimulação com FSH recombinante (11,0 vs. 9,24; p=0,0091) dose total de FSH recombinante (2,094 vs. 1,365 UI; p<0,0001, dias utilizando GnRH (12,0 vs. 3,6; p<0,0001), e dose total de GnRH (1,2 vs. 0,9mg; p=0,0001) foi menor no grupo antagonista do GnRH. O número de folículos (>16 mm) no dia da rhCG (6,76 vs. 4,64; p=0,04) foi maior no GnRH-ag. Não houve diferenças nos outros parâmetros, no entanto, o número de oócitos recuperados (5,92 vs. 4,16; p=0,06) foi maior no grupo do agonista do GnRH, mas a taxa de fertilização (49,1 vs 70,8%; p=0,29) foi maior no antagonista do GnRH. As taxas de gravidez química e clínica foram semelhantes em ambos os grupos.

Conclusão: a estimulação ovariana controlada tem um papel importante na reprodução humana e sabe-se que, em pacientes normo-respondedoras, o primeiro ciclo de tratamento expõe a paciente a um risco de uma resposta baixa ou excessiva. Neste estudo GnRH-ag e GnRH-ant proporcionaram resultados comparáveis, mas no protocolo antagonista foi menor o período de estimulação.

Palavras-chave: GnRH agonista, GnRH antagonista, resposta ovariana normal, infertilidade.

Fonte: JBRA Assisted Reproduction, V.17 nº5, Sep-Oct/2013

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A prevenção da Infertilidade



Onde estamos e para onde vamos?

A prevenção das doenças é, atualmente, o capítulo mais importante e honesto da medicina. É o início de qualquer discussão. É a base da saúde. Teoricamente, o médico só deveria tratar as doenças que aparecem (apesar das medidas para a prevenção). A ação preventiva é fundamental no berço das doenças para que elas não cresçam e tornem os tratamentos difíceis e, às vezes, quase impossíveis. E a infertilidade pode ser prevenida? A infertilidade é uma doença? Não no sentido de causar dano à vida, mas sem dúvida pode levar a frustrações irreversíveis e, por isso, talvez seja sensato ser avaliada desde cedo. Mesmo que esse problema não nos aflija diretamente, todos nós temos alguém por perto, amigo, irmão, sobrinha, neta ou filha que pode estar sofrendo dessa dificuldade.

Será que posso engravidar?

Esta é a pergunta que assola a mente das mulheres desde a mais tenra idade, e será que ela pode, mesmo? Temos que esperar até a idade fértil ou até o momento oportuno para saber? Será que não evitaríamos o uso de contraceptivos por tantos anos?


Bem, as respostas para essas perguntas não são tão simples. Sabemos que entre 10 a 15 por cento dos casais têm dificuldades para engravidarem e que o fator masculino pode ser responsável por até 50 por cento desses casos. A pergunta é: Podemos, de alguma forma, prevenir a infertilidade?

A resposta não é fácil, mas, talvez, alguns indícios podem nos dar um alerta das dificuldades futuras que uma ou outra jovem poderá ter para engravidar. Se tivermos atenção, muitos desvios da normalidade podem ser corrigidos precocemente sem que o futuro reprodutivo da paciente seja prejudicado. Eis alguns exemplos:

* As meninas com cólicas menstruais fortes podem ser portadoras de uma doença chamada Endometriose que, descrita numa linguagem simples, é o implante de células endometriais (que revestem o útero internamente) em outro lugar, que não o útero. Por razões desconhecidas e controversas, esse tecido endometrial pode refluir pelas trompas para o interior do abdome e implantar-se em outros órgãos. Esse Endométrio Ectópico (fora do lugar) passa a chamar Endometriose. Quanto antes detectarmos e tratarmos a endometriose, mais chances teremos de evitar casos em estágio severo.

* A obesidade, hipo e hipertireoidismo, síndrome dos ovários policísticos, diabetes, irregularidades menstruais graves, entre outros, são distúrbios importantes que podem interferir na ovulação e podem ser sanados com tratamento adequado. Manter o peso dentro dos padrões recomendados para estatura e constituição física é sempre um caminho para preservar a "harmonia" no funcionamento do organismo.

Evitando maus hábitos como fumo, álcool, drogas e outros (neste caso não estou sequer referindo-me aos terríveis malefícios que esses hábitos causam) estaremos dando um grande passo em direção a esse equilíbrio.


Fonte: www.guiadobebe.com.br

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A polêmica escolha do sexo do bebê



Desde 1988 os pesquisadores vêm desenvolvendo uma técnica que permite aos pais escolherem o sexo da criança criada por este método. Isso é possível porque o cromossomo feminino - X – tem mais DNA que o masculino – Y. Assim, não é difícil optar por um gênero ou outro.

Este novo método, que, a princípio, tem como objetivo prevenir potenciais doenças genéticas ligadas a um ou outro sexo, foi inicialmente implementado para a multiplicação dos animais destinados à criação, como o gado. Além desta polêmica questão da escolha do sexo do bebê, há outras tantas controvertidas problemáticas que derivam da inseminação artificial, tais como o tipo de consanguinidade que se estabelece; os direitos das pessoas que contribuem com os elementos biológicos, por exemplo, o doador do sêmen; bem como a temática da lapidação da humanidade pelo próprio Homem.