As primeiras experiências de inseminação artificial foram no século XIV, onde os povos árabes buscavam uma criação de uma raça de cavalos mais fortes e resistentes.Com o desenvolvimento da agronomia, houve várias tentativas de inseminação artificial em animais e plantas, muitas com sucesso. Especificamente no ser humano, as primeiras noticias históricas datam do século XV, quando a técnica teria sido utilizada em D. Joana de Portugal, casada com Henrique IV de Castela.
O livro "A Reprodução Assistida em face da bioética e do biodireito", de Tycho Brache Fernandes, relata de forma detalhada as técnicas de inseminação artificial. Refere-se, ainda, que já no século XIV se realizava a inseminação artificial em peixes, e, no século XV, no bicho de seda.
(...) no século XVIII foram produzidas algumas experiências nesta área, sendo que em 1767 o alemão Ludwig Jacobi trabalhava com a reprodução de peixes, enquanto o abade italiano Lazzaro Spallanzani, em 1777, logrou obter a fecundação de uma cadela por meio da inseminação artificial, nascendo, daí, três crias.
Posteriormente, em 1785, Thouret, decano da faculdade de Medicina de Paris fecundou sua mulher estéril, aplicando-lhe uma injeção intravaginal de seu esperma.
Em 1790, o inglês John obteve a gravidez de uma mulher aplicando na vagina o esperma do marido hipospádico. O francês Girauld, em 1838, relatou o sucesso em oito casos experimentados, um dos quais com gravidez gemelar. Jaime Marion Sims, no ano de 1866, obteve sucesso em experimento com a introdução do liquido seminal no canal cervical de mulher o que foi repetido em 1871 por Gigon d’ Angulême(...)
Durante a II Guerra Mundial, milhares de crianças norte-americanas foram geradas com o sêmen de soldados que lutavam no pacifico, tendo o mesmo ocorrido com soldados ingleses durante a Guerra da Coréia. Nos Estados unidos a Suprema Corte de Nova Iorque declarou a legitimidade dessas crianças, porem na Inglaterra a Câmara proibiu a inscrição como legitimas, de crianças em razão da doação de sêmen de doador anônimo.
Mas a primeira tentativa de inseminação artificial em humano foi em 1970, quando o médico inglês John Hunter praticou a inseminação artificial em determinada mulher utilizando-se o sêmen de seu marido impossibilitado de procriar em face de uma deformidade da uretra. O Dr. John não foi reconhecido nem aplaudido, pelo contrário, foi rejeitado pela sociedade e pela medicina da época.
Em 25 julho de 1978 nasceu na Inglaterra Louise Brown, o primeiro ser humano fruto de uma reprodução in vitro, técnica pela qual também foi concebida Ana Paula Caldeira que veio nascer em 7 de outubro de 1984, tornando-se o primeiro ser humano nascido no Brasil pela mesma técnica.
Na foto: o primeiro "bebê de proveta" em seu aniversário de um ano, Louise Brown.

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